Acreditam em coisas que os outros não vêem, perseguem objetivos que ninguém valoriza. Criaturas dotadas de uma visão periférica invejável, são quase capazes de prever o futuro e apontar a inovação. Fazem a tendência parecer brincadeira de criança.
A história, antiga e recente, nos mostra diversos exemplares. Desde os descobridores de novos mundos, até os excêntricos cortadores de orelha. Uma pena que, em média, morrem jovens, pobres e eternos.
Uma metáfora muito adequada ao nosso universo atual, moderno, contemporâneo, horizontal, global e um tanto quanto hipócrita - ainda - nesse aspecto. O mundo da comunicação, igualmente, nada seria sem esse bicho carpinteiro que habita alguns corpos e os faz, quase que involuntariamente, mirar o escuro, atirar no incerto, vasculhar possibilidades. Tatear por texturas desconhecidas sob o som flamante das críticas sem a menor possibilidade de desistir, de apagar.
Há os que operam a certeza, e é graças a eles que eu posso olhar o futuro.