segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A volta dos que não foram

Parece assunto repetido, mas não é. Quer dizer, até é, porque quando determinadas pessoas de um passado recente voltam ao nosso convívio, por mais que passem os anos, tem um quê interessantíssimo de nostalgia no meio de tantas notícias.

Todo mundo conta novidades depois de anos e anos. Todo mundo casou, separou, se formou, trabalha, viaja. Todo mundo troca de casa, coloca peito ou vira gay. Todo mundo tem um milhão de novidades pra contar multiplicadas pelas décadas que se passaram desde o último encontro. É maravilhoso ouvir como as pessoas evoluíram, mas o mais bacana é ver como elas são, no fundo, aquelas mesmas. Com mais ou menos dinheiro, mais ou menos sucesso, um sotaque diferente ou alguns fios prateados no cabelo, mas com olhos, gestos e idiossincrasias de tempos atrás.

No meio da conversa contemporânea, sopra a vontade de passear de novo naquele contexto, so para sentir os mesmos cheiros, os mesmos gostos, os mesmos sonhos. Resgatar coisas, como quando a gente abre uma caixa que ficava sobre o armário, ou quando a gente coloca a mão no bolso da calça e acha uma nota de dinheiro. Sensação de achar algo que não se perdeu, que sempre se soube ali, só faltava pegar.

Peguei. Adoro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei...