Parece que agora é possível ter uma carreira notória e financeiramemte interessante jogando em clubes brasileiros. Veio Ronaldo, depois de um período ruim, novas contusões e férias altamente calóricas. Veio depois o Imperador, deprimido, saudoso, com uma dose interessante de rebeldia infantil, daquela que bate os pés no chão e cruza os braços beiçuda, dizendo "não, não e não!". Veio Roberto Carlos, lá de longe, dar as mãos ao parceiro no Corinthians. Como duas comadres que se cruzam no supermercado, e uma recomenda pra outra uma nova e excelente marca de requeijão light - experimentei e gostei! Agora parece que vem o Robinho, que nunca gostou do City, mas sempre teve um bom pai-empresário para fazer negócios.
Cada um com seus motivos - financeiros, passionais, antropológicos. O importante é que iniciou-se uma safra de retornos que devolveu ao futebol deste País uma audiência que tínhamos perdido há tempos. Obviamente, a decolagem das carreiras ainda está intimamente associada ao desejo que o novo talento desperta nos clubes europeus ou nos emergentes orientais do petrodólar e, isso, a gente ainda vai aceitar por bastante tempo. Certo também que uma relativa maturidade - profissional e afetiva - se faz necessária nesse tipo de escolha, afinal é bem mais difícil glamourizar esse retorno. Faz parte e o nosso futebol só tem a ganhar.
Rafael Sóbis, que anda rodeando o Beira-Rio, sempre foi muito maduro no meu conceito...
Um comentário:
Quem vai, volta. Como o Fred - com 25 anos, uma Copa nas costas, e diversos títulos franceses na bagagem. Pode até ser que a vontade de ir pra Africa impulsione alguns futebolistas, mas sem dúvida temos que lembrar que a crise mundial colocou o salário de muitos deles sob dúvida. Será que eles valem tudo isso que ganham mesmo? Enfim...ganha o Fluminense, o Flamengo, o Corínthians, o Inter e quem mais der a sorte de repatriar um jogador ainda com alguns anos de bola no pé e um estoque de gols pra gastar.
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