quarta-feira, 8 de junho de 2011

Medidas.

As mulheres, tolas, tem unidades de medida completamente distintas e particulares para o amor.

Mede-se o sentimento pelos jantares, pelas velas, pelas vezes que ele entra no seu blog e comenta os seus textos.
Mede-se o envolvimento pelas garrafas de vinho e pela quantidade de vezes que ele fala sobre amor e filhos todos os dias.
Mede-se a cumplicidade pelos presentes assertivos, pelos almoços improváveis no meio da semana, pela preguiça compartilhada.
Mede-se pela quantidade de vezes que ele tira você pra dançar, oferece-lhe um brinde ou elogia o seu vestido.


E isso tudo tá certíssimo.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Feliciando.

A felicidade deve ser um dos temas mais discutidos, replicados e treplicados de toda a história da humanidade em todos os tempos, âmbitos e foruns. Na música, na filosofia, na conversa entre comadres, estamos sempre perseguindo respostas para o intangível.

Ser feliz? Estar feliz? O meu favorito é "A felicidade é uma eterna busca..." dentre tantos outros bordões populares que habitam o inconsciente coletivo e alimentam a retórica cotidiana na caça por uma resposta convincente e - porque não - eloquente.

Aprecio que cada um tenha a sua teoria e que se juntem os comuns. Sigam-me aqueles que querem perseguir a felicidade com doses equilibradas de algumas mazelas, porque sem o mal não se sabe o bem, sem o amargo não se conhece o doce, sem a dor não se entende a bênção de uma risada larga por motivo nenhum.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Flores

Estão no vaso.
No canteiro.
Na réstia de verde entre as rachaduras de um velho muro.
Não importa de que tipo, qual o traço.
Preciso delas, sou totalmente viciada.
Carrego nas costas.
Perfume neutro, cores das mais diversas.
Textura macia, manchinhas.

Preciso olhar para elas e lembrar de algumas belezas que eu, por vezes, esqueço.